Uma ONG precisa de recursos para realizar seus projetos. Porém, para angariar doações, também é necessário investir recursos em campanhas e ações de captação — recursos que, em muitos casos, as ONGs não têm… Para sair desse cenário de “cobertor curto” — não tem recursos porque não investe e não investe porque não tem recursos — sua ONG pode realizar algumas ações de baixo custo para arrecadar doações.
Observe que falamos em baixo custo e não custo zero: mesmo que você não tenha que investir dinheiro em uma ação, ainda será preciso alocar recursos humanos (colaboradores ou voluntários), por exemplo. De qualquer maneira, as ideias listadas a seguir são opções eficientes para melhorar o fluxo de doações quando você não pode implementar ações de grande porte.
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1. Aposte em ideias diferentes e inusitadas
A primeira e mais importante estratégia para captar muitos recursos com baixo custo é apostar em ideias originais — apenas fazendo coisas diferentes podemos ter resultados diferentes, não é mesmo? Se as ideias não apresentam riscos (para a imagem pública da ONG, por exemplo) e não demandam investimentos, vale a pena arriscar um pouco.
Nesse contexto, muitas coisas podem ser feitas para divulgar sua campanha e atrair mais doadores: ações de compartilhamento no WhatsApp, vídeos divertidos ou iniciativas para conectar o mundo offline com a campanha online.
Que tal espalhar cartazes com um QR Code para sua página de doação em eventos presenciais ou locais perto da sua organização? Você pode criá-los online e imprimi-los em qualquer gráfica, com um baixo custo. Não se esqueça, no entanto,
Se sua ONG é um hospital, por exemplo, você pode incluir pôsteres com QR Code para doar nos corredores, elevadores e salas de espera. Assim, os pacientes e familiares podem conhecer a realidade do hospital e decidir contribuir com o trabalho que estão usufruindo.
No entanto, incluir um QR Code diretamente para transferência bancária não é a melhor opção. Para garantir a segurança e eficiência da sua divulgação, o ideal é utilizar páginas de doação online, demonstrando no pôster a página que será acessada e integrando o pagamento a sua gestão da captação de recursos. Dessa forma, você oferece confiabilidade e segurança ao doador e não perde suas informações de cadastro.
2. Invista no marketing digital e na divulgação orgânica
Quando comparamos captação de recursos online com outros métodos tradicionais (mala direta, telemarketing, face to face, eventos…), o baixo investimento inicial é quase imbatível.
Publicar nas redes sociais é algo que você pode fazer com custo zero — uma parcela dos seus seguidores irá visualizar os posts pelo alcance orgânico das redes. Claro que, para isso, você precisa ter um perfil atraente, com uma boa quantidade de seguidores e uma estratégia de conteúdo sólida — não somente fazer posts pedindo mais doações. Dito isso, na medida em que sua ONG cresce nas redes sociais, o perfil se torna uma fonte de atração e retenção de doadores quase sem custo, no longo prazo.
Ainda assim, no curto prazo, é possível impulsionar publicações e fazer anúncios para o público alvo da sua ONG com investimentos relativamente baixos — o investimento mínimo nas plataformas do Facebook é de US$ 1 por dia. Além disso, a própria plataforma oferece treinamentos e tutoriais de todo tipo para auxiliar na configuração das campanhas.
Outro importante meio de divulgação no meio digital é o Google. Além de fazer anúncios com custo baixo, as ONGs podem receber uma verba da própria plataforma, pelo Google Ad Grants — algo que sempre mencionamos em nossos guias, pois é uma oportunidade essencial para as organizações.
Para fazer ações digitais com os custos mais baixos possíveis, utilizar ferramentas 100% gratuitas é essencial! Existe uma infinidade de sites e programas para criar materiais para sua campanha — há alguns dias, publicamos um guia completo sobre isso.
3. Otimize os esforços
Mesmo que as ações sugeridas aqui tenham custos iniciais bastante baixos, é importante otimizar os esforços para que eles tragam o resultado esperado. Liste tudo que você tem à mão — ferramentas, recursos humanos, parceiros, familiares, conhecidos… — e pense nas melhores maneiras de aproveitar essa rede. Se sua ONG tem um grupo de voluntariado engajado, por exemplo, esse pode ser seu foco para uma ação de baixo custo.
Nesse sentido, o principal investimento que você precisa fazer não é financeiro — mas sim na criação de boas estratégias. Há dois pontos essenciais para colocá-las em prática:
- Planejamento criativo: pensar na mensagem da sua ação, nos argumentos e visual das peças, bem como da página de doação;
- Planejamento tático: definir quais serão os formatos utilizados, para onde o público será direcionado, quais são os resultados esperados e como serão medidos.
Você pode se informar mais sobre planejamento de campanha neste outro post — mas a estratégia é uma das coisas mais importantes quando queremos ter ótimos resultados com pouco investimento. Então, não poderíamos deixar de citar esse aspecto aqui.
Além disso, caso você pense em uma ação diferenciada, não se esqueça de que o objetivo são sempre as doações — de que adianta fazer algo criativo e que chama a atenção, se as pessoas não contribuírem, né? Então, pense também em uma estratégia de canais eficaz, que direcione o público para suas páginas de doação.
Leia também: Como conseguir doações extras no Natal? Veja como a ONG Aldeias Infantis fez sua campanha
4. Conte com a sua rede de apoio
Quando falamos sobre aproveitar ao máximo todos os recursos, no item 3, os recursos humanos estão entre os mais importantes. Seus colaboradores e voluntários podem fazer muito mais pela campanha do que compartilhar nas redes sociais:
- Reúna o time para fazer brainstorms e sugerir ações diferentes;
- Uma pessoa com uma câmera boa pode tirar fotos e fazer vídeos;
- Seu colaborador extrovertido pode aparecer nos vídeos, pedindo doações;
- O colega que escreve bem pode fazer as legendas das postagens;
- Um de seus colaboradores tem contatos na imprensa? Tente emplacar uma nota sobre sua campanha!
- Uma empresa parceira na região pode divulgar a campanha para os colaboradores ou clientes;
- Seu voluntário tem uma prima que trabalha com marketing digital numa grande empresa? Quem sabe, ela não topa fazer essa campanha pro bono?
Esta campanha da TETO, que mostramos recentemente aqui no blog, é um ótimo exemplo de como o voluntariado pode impulsionar campanhas de doação de ONGs.
Além disso, você pode recrutar novos voluntários para criação e execução de campanhas. Universitários precisando de horas complementares, por exemplo — especialmente os de jornalismo, publicidade ou design. Você também pode buscar apoio de empresas júnior de faculdades, que atendem clientes pro bono ou com custo baixo.
5. Use tecnologias a seu favor
Mesmo que sua ação esteja bem planejada, os recursos só chegarão se o processo de doação inteiro for prático. Para tanto, é indispensável ter uma página de doação online atraente e simples de preencher. Quanto mais rápido for o processo, menos chances do doador desistir sem completar a doação.
Ferramentas como essas têm custos, é claro, mas os investimentos logo são recuperados, na medida em que mais recursos são captados por meio delas. Além disso, tecnologias de captação online, como as da Trackmob, automatizam várias tarefas que eram feitas de forma manual. Com isso, é possível realocar as que realizavam essas rotinas, otimizando os recursos humanos da ONG.
Para utilizar as tecnologias, é importante conhecer bem suas funcionalidades e treinar sua equipe para aproveitar o melhor delas. Além disso, construa estratégias para motivar o time, como metas de captação.
Inteligência de cobrança especializada
Muitas coisas podem impedir que uma ficha preenchida na página de doação se transforme em recursos na conta da sua ONG: um boleto não pago e cartões de crédito sem limite são exemplos disso. É importante ter métodos de cobrança práticos e eficientes para que cada doação seja processada corretamente.
Uma das funções da plataforma Trackmob que ajuda a aumentar a taxa de efetividade é a automação da cobrança e recobrança — isto é, caso a primeira tentativa de processar uma doação não seja efetiva, outras tentativas automáticas são feitas, em horários melhores. Os casos de inadimplência são tratados com uma comunicação humanizada, também de modo automático, otimizando recursos humanos.
Também é interessante ter mais de um meio de doação, investindo sempre nos meios mais práticos para quem contribui. Doações em cartão de crédito são mais práticas que depósito em conta — e aceitar doações por PIX é uma nova estratégia que sua ONG pode adotar. A plataforma Trackmob permite fazer até doações recorrentes pelo PIX.
Por fim, vale a pena observar que este guia foca mais em pequenos detalhes que fazem a diferença do que em ideias megalomaníacas. Afinal, isso é o que mais importa para realizar ações de captação de recursos com baixo custo. Se você ficou com alguma dúvida — ou quer conversar sobre alguma das ferramentas que mencionamos por aqui, entre em contato com os nossos especialistas.